Governo de MG diz que policial penal morto por detento em hospital ficou sozinho após colega abandonar posto de trabalho
Circuito mostra suspeito saindo com farda de policial morto em BH A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que investiga...

Circuito mostra suspeito saindo com farda de policial morto em BH A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que investiga um policial penal que teria abandonado o posto de trabalho na noite em que o colega Euler Oliveira Pereira Rocha foi morto por um detento, no Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, na madrugada de domingo (3). A escolta hospitalar deve ser feita por dois agentes, conforme o protocolo interno. De acordo com a a Sejusp, fiscalizações feitas no sábado (2) confirmaram a presença de dois policiais em três momentos: às 8h50, 20h30 e 22h. Porém, segundo a secretaria, após a última verificação, um dos agentes teria deixado o posto sem aviso prévio e não retornou nem se apresentou para esclarecimentos. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Imagens de circuito de segurança mostram o momento em que o detento Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, sai pela portaria da unidade hospitalar com a farda da vítima (veja acima). Ele tentou fugir, mas foi localizado pelos militares perto do local com a bolsa da vítima, que continha três pistolas e munição. O motorista alegou não conhecê-lo (entenda mais abaixo). A Corregedoria apura o caso, e a Sejusp afirmou que todas as providências administrativas estão sendo adotadas. A secretaria também lamentou a morte do servidor e se solidarizou com familiares e colegas da vítima. Corpo de policial penal assassinado é enterrado em Belo Horizonte O caso Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, foi atingido na nuca e no tórax e morreu. Ele era o responsável pela escolta de Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, detento do Presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, que estava internado desde o dia 27 de julho para tratamento de saúde. Segundo a polícia, o detento pediu para ir ao banheiro, entrou em luta corporal com o agente, tomou sua arma e efetuou os disparos. O Hospital Luxemburgo informou que todos os protocolos de segurança foram seguidos , que a equipe médica tentou reanimar o agente e que colabora com as investigações. Já a Polícia Civil afirmou que outras informações "serão repassadas ao término dos trabalhos de polícia judiciária". Policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, morto por detento enquanto fazia escolta em hospital de BH, posa para foto segurando cachorro Reprodução/TV Globo Tentativa de fuga O suspeito roubou a farda do policial morto e conseguiu sair do hospital. Imagens de circuito de segurança mostram o momento que o suspeito sai da unidade hospitalar (veja vídeo acima). Do lado de fora, abordou uma moradora e pediu um carro de aplicativo, alegando que a mãe estava passando mal e que estava sem celular. Durante o cerco policial, o suspeito foi localizado próximo ao hospital. Com ele, os militares encontraram uma bolsa que pertencia ao agente, contendo três pistolas, munições e carregadores. O motorista do aplicativo disse que não conhecia o homem e que chegou a ser orientado a não parar, mas decidiu obedecer aos policiais ao perceber a abordagem. Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Dayanna Louise/TV Globo Sindicato cobra melhorias O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen-MG), Jean Ottoni, criticou as condições das escoltas hospitalares e apontou a precariedade das condições de trabalho enfrentadas pelos agentes durante esse tipo de missão. "O sindicato vem acompanhando essas escoltas hospitalares, porque em muitas das vezes falta um local adequado para o policial trocar de roupa, tomar um banho. Já denunciamos isso. Nós não temos o quarto de hora, como a Polícia Militar e o Exército têm", contou. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) lamentou ocorrido e disse que instaurou um procedimento interno para apurar o caso. Sobre os denúncias acima, a secretaria não se posicionou. Confira os vídeos mais vistos no g1 Minas: