Prefeitura de BH exonera aliados de vereadores que votaram a favor do projeto ‘Tarifa Zero’

Sede da Prefeitura de Belo Horizonte Rodrigo Clemente/ PBH A Prefeitura de Belo Horizonte oficializou na edição do Diário Oficial deste sábado (4) a exonera...

Prefeitura de BH exonera aliados de vereadores que votaram a favor do projeto ‘Tarifa Zero’
Prefeitura de BH exonera aliados de vereadores que votaram a favor do projeto ‘Tarifa Zero’ (Foto: Reprodução)

Sede da Prefeitura de Belo Horizonte Rodrigo Clemente/ PBH A Prefeitura de Belo Horizonte oficializou na edição do Diário Oficial deste sábado (4) a exoneração de servidores com vínculos a vereadores que votaram a favor do projeto de lei que ficou conhecido como Tarifa Zero, rejeitado na Câmara Municipal na sexta-feira (3). (relembre ao final da reportagem) As demissões atingiram pessoas ligadas aos vereadores Helton Júnior (PSD) - do partido do ex-prefeito Fuad Noman -, Edmar Branco (PCdoB), Wagner Ferreira (PV) e à bancada do PT. O g1 procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para comentar o assunto, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem. Entre os exonerados estão Laura Costa, que era chefe da Diretoria de Políticas para as Juventudes, na Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, e é secretária estadual de Mulheres do PSB. Embora a legenda não tenha representação na Câmara, ela é pessoalmente ligada a Júnior. Manuel Arnesino Carlos, que ocupava o cargo de administrador regional adjunto da Região Nordeste e integra a diretoria municipal do PCdoB, era indicado de Branco. Também foram desligados pelo menos quatro assessores com cargos técnicos na Secretaria Municipal de Relações Institucionais e na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, todos com vínculo a Ferreira. Além deles, na Secretaria Municipal de Educação, deixaram os cargos o ex-vereador Arnaldo Godoy e a ex-assessora parlamentar dele, Aparecida Anjo Delavy, ambos ligados ao PT. Godoy ocupava o cargo na Prefeitura desde o primeiro mandato do ex-prefeito Alexandre Kalil (PDT), em 2017, e a atual bancada do PT nega que o nome dele e de Delavy sejam indicação do bloco. Nos bastidores da Câmara, vereadores afirmaram que a medida já era esperada, uma vez que houve pressão do Executivo ao longo desta semana para que a proposta fosse rejeitada. Agora, o temor desses parlamentares é de impactos na execução de obras e liberação de emendas. "Lamento as retaliações do prefeito, pois sempre estivemos abertos ao diálogo para encontrar novas alternativas durante a tramitação do projeto, fizemos inúmeras reuniões, e o prefeito não foi debater", declarou Wagner Ferreira. Câmara de BH rejeita projeto de tarifa zero no transporte público Votação do 'Tarifa Zero' O projeto de lei 60/2025, que previa a gratuidade no transporte coletivo municipal, foi rejeitado pela Câmara de Belo Horizonte com 30 votos contrários e 10 favoráveis. A proposta precisava de 28 votos a favor para ser aprovada em primeiro turno. A sessão foi marcada por protestos e confusão. Manifestantes que acompanharam a votação chamaram os vereadores de “covardes” após a rejeição. Artistas mineiros, entre eles o rapper Djonga, estiveram presentes para apoiar o projeto. A autora da proposta, vereadora Iza Lourença (Psol), afirmou após a votação que os parlamentares “votaram contra o povo” e que a mobilização popular continuará. Já o vereador Wanderley Porto (PRD), que foi um dos coautores do projeto, disse ter votado contra por considerar financeiramente inviável. “Infelizmente, a conta não fechou. Não é possível que quem emprega mais de dez pessoas tenha que arcar com uma taxa extra. Isso geraria desemprego e fuga de empresas da cidade”, afirmou o parlamentar durante a sessão. Vídeos mais assistidos do g1 MG