Projeto de tarifa zero em BH é rejeitado na Câmara Municipal sob protestos
Câmara de BH rejeita projeto de tarifa zero no transporte público A Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou o projeto de lei de tarifa zero no transporte...

Câmara de BH rejeita projeto de tarifa zero no transporte público A Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou o projeto de lei de tarifa zero no transporte público, na tarde desta sexta-feira (3). Foram 10 votos a favor e 30 contrários. Manifestantes que lotaram a galeria do Plenário protestaram contra a reprovação do texto e chamaram os vereadores de "covardes". Antes do início da votação, houve confusão e empurra-empurra (veja vídeo mais abaixo). Vários artistas mineiros, como o rapper Djonga, estiveram na Casa para pressionar pela aprovação do PL. A principal autora do projeto, vereadora Iza Lourença (PSOL), disse que os parlamentares votaram contra o povo. "Muitas vitórias começam com a derrota de uma batalha. [...] A rua não se cala, a rua vai cobrar de cada um que não tem coragem de resolver os problemas de Belo Horizonte", falou. Ao todo, 22 vereadores, de 13 partidos, assinaram o PL, mas 12 deles acabaram votando contra a proposta, que precisava de 28 votos favoráveis para a aprovação em primeiro turno. É o caso, por exemplo, de Wanderley Porto (PRD), que afirmou não acreditar na viabilidade da tarifa zero. "Infelizmente, a conta não fechou. Não é possível que quem emprega mais de 10 pessoas ter que arcar com uma taxa extra, isso geraria desemprego para a cidade, fuga de CNPJ da cidade", falou, durante a sessão. Veja abaixo como cada parlamentar votou: Votação do projeto de lei de tarifa zero na Câmara Municipal de BH CMBH/ YouTube Tarifa zero O PL 60/2025, apresentado em fevereiro, previa gratuidade nos ônibus municipais, sem distinção de linhas, horários ou segmento social, no prazo máximo de quatro anos. A proposta era que empregadores com dez funcionários ou mais pagassem uma Taxa de Transporte Público (TTP), com isenção até o nono. As forma de financiamento previstas eram: Taxa mensal de R$ 168,82, por empregado, a ser pago por empresas com mais de dez funcionários; Recursos de publicidade em ônibus e terminais; Multas aplicadas às concessionárias por descumprimento de contrato; Dinheiro do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo, que foi criado em 2019 e, atualmente, está parcialmente regulamentado. Montagem mostra empurra-empurra de manifestantes com agentes de segurança da Câmara Municipal de Belo Horizonte antes de o plenário da Casa rejeitar o projeto de tarifa zero no transporte público nesta sexta-feira (3) Reprodução/Redes socias Confusão na Câmara Municipal de BH antecede votação do projeto de tarifa zero LEIA TAMBÉM: Manifestantes lotam Câmara Municipal de BH para pedir aprovação de tarifa zero; vídeos mostram confusão Djonga e outros artistas se juntam a manifestantes na Câmara Municipal de BH em defesa da tarifa zero