Votação de tarifa em zero em BH tem confusão e empurra-empurra fora do plenário; veja vídeo

Confusão na Câmara Municipal de BH antecede votação do projeto de tarifa zero Manifestantes lotaram a Câmara Municipal de Belo Horizonte na tarde desta sex...


Votação de tarifa em zero em BH tem confusão e empurra-empurra fora do plenário; veja vídeo
Votação de tarifa em zero em BH tem confusão e empurra-empurra fora do plenário; veja vídeo (Foto: Reprodução)

Confusão na Câmara Municipal de BH antecede votação do projeto de tarifa zero Manifestantes lotaram a Câmara Municipal de Belo Horizonte na tarde desta sexta-feira (3) para pressionar os vereadores pela aprovação do projeto de lei que implementa tarifa zero nos ônibus municipais. Houve confusão e empurra-empurra envolvendo agentes de segurança da Casa. O projeto acabou rejeitado por 30 votos a 10. No início da tarde, antes de a votação começar, grupos de manifestantes foram impedidos de acessar a galeria do plenário, de onde é possível acompanhar as sessões (veja vídeo acima). ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Segundo o presidente da Casa, vereador Professor Juliano Lopes (Pode), o espaço já estava lotado. Manifestantes chegaram a gritar "deixa o povo entrar". Lopes informou que os interessados poderiam acompanhar a votação por telão. Uma das entradas da Câmara também foi tomada por uma multidão, que segurava faixas e cartazes em defesa do projeto (veja no vídeo abaixo). Às 15h55, o parlamentar suspendeu a reunião por 30 minutos por causa das manifestações na galeria. Câmara de BH rejeita projeto de tarifa zero no transporte público Única proposta na pauta de sexta-feira O projeto de lei que garante gratuidade no transporte coletivo municipal é o único previsto na pauta do plenário nesta sexta. Antes do início da votação, a principal autora do projeto, vereadora Iza Lourença (PSOL), defendeu a aprovação do texto. "Nós estamos debatendo esse projeto desde fevereiro, são oito meses, três estudos apresentados [...]. Não há que se dizer que não tem viabilidade, só quem não quer, só quem é contra o povo de Belo Horizonte é que cria mentiras para justificar o seu voto", falou. Um dos coautores do projeto, vereador Wanderley Porto (PRD), disse que não acredita mais na viabilidade do texto. "Infelizmente, a conta não fechou. Não é possível que quem emprega mais de 10 pessoas ter que arcar com uma taxa extra, isso geraria desemprego para a cidade, fuga de CNPJ da cidade", falou. Montagem mostra empurra-empurra de manifestantes com agentes de segurança da Câmara Municipal de Belo Horizonte antes de o plenário da Casa rejeitar o projeto de tarifa zero no transporte público nesta sexta-feira (3) Reprodução/Redes socias Manifestantes lotam Câmara Municipal de BH para votação do projeto de tarifa zero Tarifa zero A ideia do projeto de lei é que os passageiros deixem de pagar a passagem, mas o sistema continue sendo financiado de outras maneiras. Se entrar em vigor, BH se torna a primeira capital brasileira a extinguir as tarifas no transporte por ônibus. As formas de financiamento apontadas pela proposta são: Taxa mensal de R$ 168,82, por empregado, a ser pago por empresas com mais de dez funcionários – essa é a principal forma de financiamento prevista. Microempresas ficariam isentas. Recursos vindos de publicidade em ônibus e terminais. Multas aplicadas às concessionárias por descumprimento de contrato. Dinheiro do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo, que foi criado em 2019 e, atualmente, está parcialmente regulamentado. Parlamentares estimam que o custo para manter ônibus com gratuidade giraria em torno de R$ 2 bilhões. Se aprovado, o modelo poderia começar a valer em até quatro anos e entraria em vigor já no próximo contrato de concessão do transporte, previsto para 2028. O projeto de lei é assinado por vereadores de 13 partidos: PSOL, PT, PRD, PCdoB, PSD, União Brasil, Cidadania, Mobiliza, PP, PV, Republicanos, MDB e Solidariedade. Não há garantia, entretanto, que todos os 22 vereadores signatários vão dar voto favorável. Para aprovar a proposta, é necessário que 28 dos 41 parlamentares da Câmara Municipal de Belo Horizonte votem a favor em dois turnos. Se aprovado, o texto seguirá para sanção ou veto do prefeito Álvaro Damião (União Brasil). LEIA MAIS: Tarifa zero em BH: Câmara Municipal deve votar proposta nesta sexta-feira Projeto de transporte público gratuito em BH: como tarifa zero pode ser financiada e quais as vantagens do modelo