Votação de tarifa zero em BH tem ato com Djonga e outros artistas mineiros na Câmara Municipal

Djonga se juntou a manifestantes na Câmara Municipal de BH em defesa da tarifa zero Reprodução/Redes sociais O rapper Djonga, a cantora Mac Júlia, o influen...

Votação de tarifa zero em BH tem ato com Djonga e outros artistas mineiros na Câmara Municipal
Votação de tarifa zero em BH tem ato com Djonga e outros artistas mineiros na Câmara Municipal (Foto: Reprodução)

Djonga se juntou a manifestantes na Câmara Municipal de BH em defesa da tarifa zero Reprodução/Redes sociais O rapper Djonga, a cantora Mac Júlia, o influenciador Kdu dos Anjos e outros artistas mineiros se juntaram a manifestantes na Câmara Municipal de Belo Horizonte em defesa da tarifa zero nesta sexta-feira (3). A proposta foi rejeitada por 30 votos a 10. O projeto, que propunha a gratuidade nos ônibus coletivos na capital, foi o único colocado em pauta nesta tarde para ser votado em primeiro turno. No início da sessão, por volta das 14h30, manifestantes foram impedidos de acessar a galeria do plenário. Houve confusão e empurra-empurra (veja vídeo abaixo). ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Blocos de carnaval e influencers da cidade também acompanharam as discussões sobre a proposta dentro da sede do Legislativo local. O chamado "Busãopalooza", nome dado à mobilização, foi convocado principalmente por ativistas pelas redes sociais. "Eu estou mais feliz ainda com esse tanto de gente que está aqui, com essa juventude que está aqui participando. Tomara que dê certo, porque acho que a tarifa zero vai trazer acesso à cidade para pessoas que são de Belo Horizonte, mas não têm acesso à cidade como um todo. Quem vota contra isso está votando contra o interesse do povo", disse Djonga. O presidente da Câmara, vereador Professor Juliano Lopes (Pode), chegou a dizer que a galeria estava lotada e que os interessados poderiam acompanhar a votação por telão. Devido às manifestações, a sessão foi suspensa às 15h55 durante 30 minutos. Manifestantes lotam Câmara Municipal de BH para votação do projeto de tarifa zero Tarifa zero A ideia do texto é que os passageiros deixem de pagar a passagem, mas o sistema continue sendo financiado de outras maneiras. Se entrasse em vigor, BH se tornaria a primeira capital brasileira a extinguir as tarifas no transporte por ônibus. As formas de financiamento apontadas pela proposta são: Taxa mensal de R$ 168,82, por empregado, a ser pago por empresas com mais de dez funcionários — esta é a principal forma de financiamento prevista. Microempresas ficariam isentas. Recursos vindos de publicidade em ônibus e terminais. Multas aplicadas às concessionárias por descumprimento de contrato. Dinheiro do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo, que foi criado em 2019 e, atualmente, está parcialmente regulamentado. Parlamentares estimaram que o custo para manter ônibus com gratuidade giraria em torno de R$ 2 bilhões. Se fosse aprovado, o modelo poderia começar a valer em até quatro anos e entraria em vigor já no próximo contrato de concessão do transporte, previsto para 2028. A iniciativa, no entanto, dividiu opiniões entre políticos e instituições (leia mais abaixo). O projeto de lei foi assinado por vereadores de 13 partidos: PSOL, PT, PRD, PCdoB, PSD, União Brasil, Cidadania, Mobiliza, PP, PV, Republicanos, MDB e Solidariedade. Nem todos que inicialmente assinaram votaram favoráveis ao PL. Para aprovar a proposta, era necessário que 28 dos 41 parlamentares da Câmara Municipal de Belo Horizonte votassem a favor em dois turnos para, então, ser encaminhado ao prefeito Álvaro Damião (União Brasil) para sanção ou veto. Confusão na Câmara Municipal de BH antecede votação do projeto de tarifa zero